Poeta sou, se bom ou mau, o que te importa?
Se eu agrado, se eu agrido, o que é que tem?
Não faço versos pra afixá-los sobre a porta,
nem pra buscar louvores fáceis de ninguém.
Poeta sou, se choro ou rio, o que interessa?
Não faço versos pra enfeitar meu mausoléu.
Poeto ou, melhor, rabisco verso à beça,
porque cá dentro arde um doido fogaréu.
Não faço versos pra cobrir o chão de flores,
mas pra apagar o incêndio do meu coração...
A dor é a brasa. E as mil brasas são mil dores.
Minha poesia é canto de libertação.
Eu faço versos como quem apaga brasas,
pois apagar as brasas alivia a dor,
e cada dor que morre faz nascer duas asas:
uma asa – a esperança, outra asa – o amor.
terça-feira, 19 de maio de 2015
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